terça-feira, 23 de agosto de 2022

Como usar o Padlet para a criação de um mural digital

 Os murais de sala de aula são ferramentas muito versáteis, utilizadas com frequência para informar estudantes sobre eventos, combinados, organização das aulas. Além disso, também é um espaço de compartilhamento das produções, onde podemos valorizar as criações da turma, dividir mensagens de apoio e expor projetos. Porém, sabemos que o acesso e visualização é sempre restrito a quem circula pela escola, às vezes apenas à própria turma. Por que não criar murais digitais que podem ser acessados, construídos e compartilhados pelos(as) estudantes à qualquer momento?

Padlet é uma ferramenta digital para construção de murais virtuais colaborativos, acessíveis através do navegador de internet de computador ou aplicativo de celular. O acesso é gratuito, embora com algumas limitações em quantidade de murais disponíveis. Além disso, está disponível em língua portuguesa.

Escolha um modelo para seu mural

A criação de um mural é bastante simples. Primeiro, você precisará escolher um modelo de mural,  que são organizados em cartões de conteúdo. Os modelos podem ser estruturados como grades, prateleiras, linhas do tempo, ou até mesmo como salas de conversa. 


Convide sua turma para colaborar

Após escolher um modelo, você poderá convidar sua turma para colaborar na construção, postando cartões que podem conter imagens, vídeos, texto, links, gravações de áudio e outros formatos de arquivo. Eles também poderão deixar reações (estrelas, likes, notas) e comentários em diferentes cartões. 

Por fim, seus murais podem ser compartilhados e visualizados por diferentes pessoas, através de links ou convites, e até mesmo exportados como documentos PDF. 

Explorando uma playlist de conteúdos através de um mural

Uma aula expositiva não é o único caminho para apresentar um tema novo para estudantes e explorar as primeiras reflexões sobre determinado conceito. Para esta atividade, proponho que os(as) docentes criem uma playlist de materiais e conteúdos. A ideia é fazer uma seleção de vídeos, textos, ilustrações ou outros materiais que podem ser consumidos pelos(as) estudantes antes do encontro síncrono com a turma. Para este exemplo, escolhi criar uma playlist sobre as causas da Revolução Francesa:

Para adicionar cartões de conteúdo ao mural, clique no botão (+) na parte inferior direita da tela. Automaticamente, um cartão novo irá ser criado no mural, você só precisa inserir o material selecionado, seja um arquivo do seu computador, um link de um vídeo ou site ou muitas outras possibilidades (quase tudo, na verdade). 

Em seguida, compartilhe com os estudantes o acesso ao mural. O jeito mais fácil de fazer isso é simplesmente clicar em “compartilhar”, no canto superior direito da tela, que permite enviar o acesso ao mural através do e-mail, redes sociais ou Google Sala de Aula. 




É interessante apresentar aos estudantes diferentes pontos de vista e abordagens sobre o tema, em formatos variados. A intenção é que os(as) estudantes possam escolher alguns materiais para consumir antes da aula, deixando comentários sobre o que entenderam ou respondendo uma pergunta provocadora inicial. Para isso, é importante habilitar os comentários no mural, assim como reações para os cartões, clicando no botão com formato de engrenagem e deslizando até a seção “Postando”. Não esqueça de deixar as orientações para os(as) estudantes muito claras, para que eles possam navegar sem ansiedade entre os materiais escolhidos.









Lendas e mitos típicos das cinco regiões brasileiras

Lendas e mitos típicos das cinco regiões brasileiras

Influências de negros, indígenas e portugueses só poderia criar lendas e mitos
riquíssimos como o do boto, da cuca, do curupira e outros mais.

 

Região Norte: Boto

Ao cair da noite, um homem muito belo se levanta das águas de um rio vestido inteiramente de branco. Ele é o boto, um formoso conquistador de jovens mulheres. Seu look é completado por um chapéu branco para disfarçar seu nariz grande – única coisa que confessa o contorno do seu corpo original. Seu charme e elegância são tamanhos que ele enlouquece todas as meninas da região em noites de festa junina, se transformando no mais requisitado homem da festividade. Ele atrai uma bela donzela desacompanhada, a leva para o fundo do rio e, ali, a engravida. Na manhã seguinte, volta a sua real natureza. Acredita-se que esta fábula era utilizada por mães solteiras para disfarçar sua situação que, em épocas passadas, era considerada degradante. A expressão “filho de boto” vem dessa história.

Região Nordeste: Cuca

Quando se pensa em Cuca, logo se lembra da personagem de Monteiro Lobato. Mas, apesar do autor morar no interior de São Paulo, a lenda da bruxa tem origens nordestinas e portuguesas. A Cuca foi inspirada em um dragão de lendas lusitanas, o coca. Com a colonização, a história se transformou no mito de uma velha muito feia, com feições de jacaré, que saia pelas ruas roubando as crianças malcriadas. A fábula era usada principalmente para fazer os menores dormirem. A frase “a cuca vem pegar” faz parte do imaginário e da tradicional musiquinha “nana neném”.

Região Centro-Oeste: Romãozinho

Crianças levadas são um tema muito recorrente entre as lendas brasileiras. Isso porque a maior parte desses mitos eram usados para fazer as crianças desobedientes tremerem na base! Uma das mais conhecidas para as crianças do centro do Brasil é a lenda do Romãozinho. Nela, um menino fica encarregado de levar um pacote com o almoço de seu pai, que a sua mãe preparou. No caminho, ele come toda a comida e só deixa os ossos do frango. Ao entregar o embrulho ao pai, diz que a sua mãe comeu tudo juntamente de um amante e só enviou as sobras para ele. Enfurecido, o pai volta para casa e mata a esposa. A mãe, que não tinha culpa nenhuma, joga uma maldição sobre o filho: ele nunca morrerá e ficará vagando eternamente, sem jamais crescer. Alguns acreditam que, até hoje, a criança fica vagando por aí, fazendo todo tipo de peripécias, travessuras e malvadezas.

Região Sudeste: Curupira

Em outras regiões do país, essa lenda é conhecida como caipora, mas as características são as mesmas: um menino (ou anão) levado, de cabelos vermelhos como fogo e com pés invertidos (calcanhares para frente), que tem como tarefa cuidar da floresta e de todos os seus seres vivos. Esse mito se originou no estado de São Paulo com os exploradores da região. Os índios, muito astutos, não queriam ser capturados pelos portugueses e bandeirantes que, no século XVI, andavam pelas matas brasileiras em busca de indígenas para escravizar ou catequizar. Para enganarem os estrangeiros, os nativos marcavam o caminho com folhas, pedras e rochas e andavam de costas para deixar rastros ao contrário, forjando uma trilha ao inverso, sendo impossível de rastreá-los.

Região Sul: Negrinho do Pastoreio 

Um dos temas mais frequentes do folclore brasileiro é o da escravidão. Existia todo um misticismo derivado do medo que os brancos sentiam da cultura africana e, do lado dos negros, uma vontade de expressar suas próprias tradições. A história do negrinho do pastoreio é de muita tristeza e perseverança. De acordo com a lenda, o menino era um escravo que trabalhava cuidando dos cavalos e com o pastoreio das terras de um rico fazendeiro. Certo dia, ele foi acusado de ter perdido um dos animais e foi açoitado por seu senhor. Depois de sofrer com a punição, foi comandado a procurar e trazer o bicho de volta, mas, como era inocente, não conseguiu cumprir a tarefa. Seu segundo castigo foi ainda pior: foi colocado pelado dentro de um formigueiro. No dia seguinte, o fazendeiro se surpreendeu ao encontrar o garoto montado no cavalo, sem nenhum ferimento e cavalgando livremente pelas terras da fazenda. Muitos acreditam que a história foi um milagre de Nossa Senhora da Aparecida em nome dos inocentes.



fonte: Vários sites e livros sobre lendas.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Entenda os benefícios da leitura para os estudantes e suas famílias

A leitura pode aproximar familiares, além de ajudar jovens a desenvolverem habilidades essenciais para o mercado de trabalho


O ato de ler, quando feito com frequência, é capaz de aproximar familiares e trazer mais autonomia às crianças e aos adolescentes. Por conta de rotinas cada vez mais agitadas, muitas pessoas deixam a atividade de lado, e o tempo é ocupado por outros programas, muitas vezes, digitais.

Hoje, no entanto, o acesso a livros é mais fácil do que nunca. Diversos exemplares estão disponíveis gratuitamente na internet, assim como em bibliotecas. Para incentivar os jovens e suas famílias a retomarem – ou iniciarem – esse hábito, é fundamental perceber os benefícios da leitura.


O benefício da leitura para crianças e adolescentes


O maior benefício da leitura é a autonomia, segundo o professor Fernando Marcílio, autor do Sistema Anglo. Ele ainda aponta que a curiosidade, principal qualidade procurada por universidades de alto nível e pelo mercado de trabalho, é promovida pela atividade.


“A pessoa que lê (criança, adolescente, jovem, adulto, idoso) adquire duas capacidades fundamentais: a de formular perguntas e a de procurar as respostas para elas, o que, fatalmente, conduz a novas perguntas. É um círculo virtuoso”, explica o profissional.


Outro benefício é o contato direto com as palavras, que desenvolve as habilidades de articulação e compreensão. “Através da leitura, o leitor aprende a usar melhor a linguagem, a se expressar de forma mais eficiente, a se comunicar de maneira mais precisa. São habilidades importantes em qualquer ramo da atividade humana”, completa.


O efeito da leitura nas famílias


“A leitura pode ser vista como um momento de comunhão, de encontro, de afeto entre pais e filhos. Quando a criança aprende a associar o momento de leitura com um tempo de compartilhamento, acaba por adquirir um gosto cada vez maior pela atividade”, explica Marcílio.


Dessa forma, ler pode ser um momento especial durante o dia, ou a semana, para o núcleo familiar. É um período reservado para desacelerar e prestar atenção em uma história específica. Isso os deixa mais unidos, seja ao realizar a atividade reunidos, ou ao compartilhar suas opiniões acerca do enredo. Mesmo que cada um tenha lido individualmente, o debate proporciona mais conhecimento, proximidade e, muitas vezes, risadas.


Uma leitura feita em formato de parceria


Para que a leitura tenha o melhor efeito possível no conjunto, a abordagem ideal é realizá-la sem uma relação específica de hierarquia. Em outras palavras, mesmo que a criança ainda seja pequena, os mais velhos não devem se posicionar como os donos da razão, e sempre abrir um espaço para a troca de ideias. “Os pais podem e devem ler não apenas para os seus filhos, mas com eles. Isso quer dizer estabelecer uma parceria nas descobertas de novos saberes. Pais não precisam assumir a postura de quem sabe tudo; ao contrário, podem manifestar as mesmas surpresas dos filhos diante de conhecimentos que adquirem juntos. Leitura compartilhada favorece o diálogo, a troca de ideias, a compreensão mútua, o estímulo ao raciocínio e à reflexão”, finaliza.

fonte: anglo360