terça-feira, 29 de novembro de 2022

Redes sociais: aliadas ou vilãs no dia a dia dos alunos?


 As notificações ao longo do dia podem prejudicar a concentração e o foco nas atividades que precisam ser feitas

Quando chega uma nova notificação das redes sociais no celular, é comum que os estudantes parem tudo o que estão fazendo para conferir o que é, afinal, pode ser algo relevante. O problema começa quando essas notificações se multiplicam, interrompendo um momento de concentração, uma tarefa ou mesmo um raciocínio importante. Por isso, é fundamental saber a hora de dar uma pausa nas redes sociais.

Bárbara Souza, psicóloga do Serviço de Atendimento Psicológico do Curso Anglo, explica que o primeiro ganho de reservar um tempo para ficar longe das telas como um todo é aumentar as chances de interação física com as pessoas mais próximas, geralmente familiares. Além disso, é importante dar um tempo tanto do excesso de luz e estimulação visual, quanto do excesso de informações que chegam no celular. 

“Não podemos esquecer também que as redes sociais refletem as imagens construídas pelas pessoas em seus perfis e, em geral, o que é apresentado são apenas os aspectos positivos do dia a dia. Quem fica acompanhando as redes sociais por tempo prolongado pode confundir a ‘vida real’ com a ‘virtual’ e sentir-se mal consigo e a própria vida por não serem ‘como’ aquelas que vê nas telas.” 

Em relação aos estudos, as redes sociais podem impactar diretamente o desempenho e a concentração. Por isso, desativar notificações durante o processo de aprendizagem é outra estratégia valiosa. As frequentes interrupções tiram a atenção daquilo que estava sendo feito e para retornar ao mesmo nível de atenção e concentração gasta-se um tempo precioso.

Com a pandemia e as consequentes aulas no ambiente online, outra dica é tomar algumas precauções em relação aos alertas do computador, desativando-os sempre que possível. “A diminuição da quantidade de informações, dos efeitos pop-up’s e das propagandas abrindo na tela favorece o foco, pois a cada novo estímulo disparado, a atenção pode ser deslocada para ele”, explica Bárbara.

Mas vale ressaltar que as redes sociais não são apenas vilãs e é possível usá-las a favor dos estudos. “As redes sociais, especialmente durante a pandemia devido ao isolamento físico entre as pessoas, são um bom recurso para manter os contatos pessoais e possibilitar a formação de grupos para estudar conjuntamente”, diz Bárbara. Os perfis que são seguidos também podem ser estratégicos, pois permitem manter-se atualizado em relação a temas contemporâneos, acompanhar o que acontece no mundo ou fazer uma pesquisa rápida sobre um tema.

Fonte: anglo360

Infância e adolescência: como cada fase da vida é influenciada pelos pais?


O contato com os pais impacta de forma diferente as crianças, que estão aprendendo a conviver socialmente, e os adolescentes, que estão definindo a própria identidade


A convivência familiar é a primeira referência social estabelecida para as crianças. Desde os primeiros dias de vida, os bebês já estão aprendendo com os pais conforme identificam sons e toques, por exemplo. Com o tempo, a educação dos filhos vai além da questão cognitiva e inclui perguntas reflexivas, voltadas à ética, ou descontraídas, como as que envolvem um filme que assistiram juntos ou outro entretenimento.


Logo, é essencial que os pais estejam atentos em relação ao seu papel determinante na formação dos filhos, seja na infância, na adolescência ou, até, na fase adulta.


A influência dos pais na infância

“A criança é sensorial, com isso, o contato com a família é relevante para a construção das primeiras referências de troca, do que é o ‘eu’, ‘o outro’, ‘nós’”, explica Cristina Tempesta, assessora pedagógica do Curso Anglo. “Nos primeiros meses e anos de vida, quando a interação vai sendo percebida e correspondida, as ações dos pais passam a ganhar identidade e são reconhecidas pelas crianças que tomam os adultos com quem convivem como referência. É na família que ocorrem os primeiros aprendizados, hábitos e costumes”.


Portanto, cada ação dos adultos pode gerar um efeito duradouro, um aprendizado que os mais novos levam para a vida. Ao segurar o filho com carinho, por exemplo, os pais exibem uma referência do que é acolhimento e cuidado com o outro. Essa base definirá o modo como a criança entende e se relaciona com o mundo.


“Do mesmo modo que falamos de acolhimento, cuidado e afeto, o inverso é verdadeiro, pois agressividade, grosseria, falta de atenção e cuidado também podem virar referências. Muitas vezes essas questões são reveladas nos primeiros contatos das crianças com outras pessoas do seu convívio, como: os colegas no playground do condomínio, do clube, do bairro e os colegas da escola”, ressalta Tempesta.


Cuidado com os exemplos

Vale lembrar que a criança não filtra os exemplos que recebe da família. Ao vivenciá-los, ela registra e adota aquele comportamento como padrão para os seus relacionamentos. Por isso, os pais devem ter uma atenção especial em relação ao que acontece dentro de casa e evitar brigas nas frentes dos filhos.


O impacto dos pais na adolescência

“A família é sempre uma referência importante, mas na adolescência os campos de referência se abrem e os amigos passam a exercer forte influência nas escolhas dos jovens. Por isso, é comum os amigos próximos adotarem o mesmo tipo e cor de roupa ao se vestirem; o gosto pelas músicas ou estilos musicais também os agrupa.  Nascem as “tribos”, facilmente percebidas nos ambientes escolares”, aponta a profissional.


Nessa fase, é nítido que cada pessoa busca encontrar outras semelhantes. Algumas, inclusive, podem se transformar para serem aceitas ou ficarem mais parecidas com determinado grupo. Tomar os pais, colegas ou amigos como referência e influência é um processo natural, que faz parte da construção da independência.


Atenção a extremos

O cuidado e atenção dos pais deve estar voltado aos exageros, seja pelo jovem abrir mão de si para agradar um grupo, ou por brigar intensamente com a família. Nesses casos, é essencial intervir. “Os exageros devem ser observados, tratados e minimizados pelos adultos, como ação de proteção sempre. Orientação, cuidado e proteção não são negociados entre pais e filhos, mas sim exercidos pelos primeiros em prol dos segundos”, finaliza Cristina Tempesta. 

Fonte: anglo360